Blog do Ewerson
Lutas Sociais - Política Cultural - Um outro mundo é possível - Ousando lutar, venceremos
sábado, 31 de dezembro de 2016
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
Dona Antônia
Dona Antônia
Não tenho foto dela, antigamente isso era coisa rara. Lembro-me de sua risada solta e frequente, falava praticamente rindo. Mãe de cinco filhos que se tornaram meus amigos de infância, adolescência e até hoje: Selma, Oscar (Neco), Ari, Sandra e Cassinha. Esposa de Seu Oscar, mestre-de-obras pernambucano mais ou menos brabo, mas que amolecia com o Flamengo e Nelson Gonçalves.
Gordinha como minha mãe, Dona Antônia era a nossa mãezona, dos que passavam quase todas as tardes no imenso quintal da sua casa onde havia duas mangueiras, uma com um balanço e outra onde subíamos para brincar de pique, de onde despenquei certa vez com galho e tudo. No verão, era pra lá que íamos esperar os primeiros pingos de chuva para ir jogar bola no campinho do lado – nos temporais, o plano era fingir de jogar bola, enlamear-se e chegar em casa sob esporros e/ou chineladas da mãe. Na adolescência, Dona Antônia não esquentava com as festinhas americanas com James Brown e música lenta ou, um pouco depois, com as rodas de violão e vinho ruim.
Na última vez que a vi há poucos meses, já com a saúde debilitada, sua memória estava boa e a risada permanecia.
Adeus, mãezona!
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
De 2015 pra trás
O
|
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Dona Sueli
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Pra não dizer que eu não falei de Copa
- Parcela significativa da sociedade brasileira percebeu que não valeu a pena o volume de gastos públicos em estádios-elefantes brancos ou re-reconstruídos (é assim mesmo, não sou gago). Por ironia do destino, o país do futebol, ao sediar uma Copa ("de perto, ninguém é normal"), conscientizou-se de que o padrão FIFA se dá às custas do não investimento nas condições básicas de vida da maioria da população. Claro que as elites são coerentes: não investem em saúde, educação, transporte público etc. com ou sem Copa. Não há legado, há direitos negados e setores logrados.
- Mesmo com o ataque especulativo da mídia empresarial e do comércio em geral, a empolgação e o consumo não são extraordinários se levarmos em conta que esta Copa é no Brasil. Falo isso não porque vi no Gúgou, Feice ou tese acadêmica. É o que vivi desde a primeira Copa em que eu já tinha algum grau de compreensão (sobre futebol), em 1974, e o que estou vendo hoje no meu quarteirão, bairro, cidade onde moro e cidade onde trabalho.
- Os questionamentos gerais, difusos e confusos ou as reivindicações específicas vão continuar. Junho de 2013, com suas contradições, formou um caldo de cultura propício para que demandas reprimidas irrompam em manifestações, ações diretas e insurgências contra o statu quo - nos governos e empresariado insensíveis ou nos sindicatos conformados. Também acho que a palavra de ordem "Não vai ter Copa" estava equivocada, mas é bom lembrar que diversos setores em luta utilizaram alternativas como "Copa para quem?" ou "Na Copa vai ter Luta". Céticos e "críticos dos que criticam" diziam que Junho de 2013 não valeu porque foi genérico; agora não vale porque é específico, corporativo. Ora, todo projeto expressa - e disputa - interesses de corporações econômicas, culturais ou políticas. A diferença é que algumas dessas corporações controlam o processo produtivo, o aparelho de Estado, a mídia etc.; exercem a hegemonia ideológica e transformam seus interesses particulares em interesse geral. Também acho que as lutas não deviam ser corporativas. Uma greve geral seria o melhor.
- Mesmo tendo luta, ninguém é de ferro. Não há contradição entre questionar e acompanhar/torcer. O futebol é uma das expressões da cultura popular brasileira. Aqui - e pesquisas mostram que não mais do que na Argentina ou Inglaterra - o futebol é uma paixão nacional. Em outros países pode ser o basquete, beisebol, hóquei, tênis de mesa... Ou seja, o futebol não é o ópio do povo. O "ópio" pode ser qualquer esporte ou outro aspecto cultural de um povo que sirva para aliená-lo. Qual país tem a sua seleção de futebol com índice de credibilidade maior do que governos, partidos, igrejas e polícias? A Alemanha! Isso mesmo, a Alemanha. Peguei a tabela da Copa e agendei um monte de jogos da primeira fase (da Espanha, Argentina, Alemanha, Itália e Holanda): depois do trabalho ou de alguma manifestação importante, darei prioridade a esses jogos. Aliás, assisto muita coisa também em Olimpiadas.
- Não é "obrigação" torcer pelo Brasil. E isso não tem nada a ver com ser de oposição ou ser governista. Na maioria das vezes, torci pelo Brasil. Lembro-me de não torcer em 1990 (eu odiava o Lazaroni, técnico da seleção, que deixou Bebeto e Romário no banco). Em 2006 e 2010, sinceramente, não sofri com a eliminação do Brasil. O futebol, como tudo, foi globalizado e o Brasil é o melhor exportador de commodities para o futebol de 1º mundo jogado em três ou quatro países europeus. Em mim, isso cria um certo distanciamento - coisa de velho, talvez. Jogo da seleção na Copa é sinônimo de não-trabalho, cerveja, amigos e outras coisas legais - acho que as manifestações de protesto devem acontecer em outro momento. Se eu aproveito feriado de Corpus Crhisti (não consigo entender o motivo do feriado), por que não vou curtir os jogos do Brasil na Copa? Mas, já decidi que não vou de verde e amarelo (putz, a camisa do PSOL é amarela...).
domingo, 22 de setembro de 2013
Baixada Fluminense em destaque no 3º ENPROCULT - Encontro Nacional de Produção Cultural
De 33 trabalhos que serão apresentados no evento, 8 são de alunos do curso de Produção Cultural do IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro (antigo CEFET-Química de Nilópolis). Desses, três apresentações falarão especificamente de temas da Baixada Fluminense.
Mais cinco trabalhos (UFF, UCAM, UERJ, UFRRJ e Escola de Cinema Darcy Ribeiro) completam o time do estado do Rio de Janeiro no evento que será realizado de 02 a 04 de outubro em Salvador, na UFBA. As outras instituições que têm apresentadores de trabalhos são: UFRN, UFAL, UFBA, UNEB, UNIPAMPA, UFRGS, UFJF
Veja os títulos dos trabalhos d@s alun@s do IFRJ:
Formulação de diretrizes para políticas culturais em âmbito municipal
Ewerson Cláudio de Azevedo
Políticas públicas para grafite no Rio de Janeiro: painel da Praça Cardeal Câmara
Priscila Pereira de Moraes
Música, educação e cultura na Baixada Fluminense: uma pesquisa participativa
Álvaro Neder, Daniel Barros Gonçalves Preira, Irla Franco e Rodrigo Caetano
Delírio e loucura no cinema de terror brasileiro dos anos 1970-80
Leandro de Souza Santos Luz
Memória, história e decadência dos cinemas de rua da Baixada Fluminense
Raphaela Siqueira e Leandro de Souza Santos Luz
De produtor para produção: extensão e conexão de uma rede na Baixada Fluminense
Águida Catarina Goes da Silva Bessa, Gabriel Henrique de Moura Ferreira, Higor Matheus da Silva Ferreira Cerqueira, Juliana Mayara de Lima Faustino e Rodrigo Dias Mendes
Uma estória que precisa ser contada! a migração de artistas circenses por um viés cultural e econômico
Sluchem Tavares Cherem
O produtor cultural nas escolas de samba do Rio de Janeiro
Ricardo Alves de Moraes e Fernanda Delvalhas Piccolo
Os demais trabalhos do estado do Rio de Janeiro são:
Relato de experiência: curso de iniciação à Produção Cultural da FIOCRUZ Mata Atlântica
Marcelo Tavares Mincarelli e Luís Alberto dos Santos Gomes - UFRRJ
Produtor Cultural em Formação: a graduação no Brasil
Plínio Calmeto Chaves - UFF
Os projetos culturais com foco na gestão e na governança
Sandra Helena Gonzaga Pedroso - UCAM
Indústria cultural: cultura e identidade UERJ
Cíntia de Aguiar Lima - UERJ
Produção à parte: experiência de uma prática autodidata
Paula Ferreira - Escola de Cinema Darcy Ribeiro
As sessões dos 33 trabalhos do 3º Enprocult foram definidas por três eixos e nove temas. Veja o quadro completo aqui , com títulos, data, horário e local de apresentação: