sábado, 9 de julho de 2011

Bombeiros saem vitoriosos e lutas “pegam fogo”










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Militantes de Mesquita e Nova Iguaçu na passeata de solidariedade, em 12/jun, na orla de Copacabana, após a libertação dos 437 bombeiros presos

Os bombeiros do Rio de Janeiro foram vitoriosos. O Congresso Nacional e a Assembleia Legislativa aprovaram anistias que impedem qualquer tipo de punição em função das lutas travadas pela categoria neste último período. Essa postura dos legislativos foi fruto, sem dúvida, da imensa solidariedade recebida pelos bombeiros por parte da ampla maioria da população. Eles terão agora em julho o reajuste de 5,58% que seria concedido até dezembro. O Fundo Especial do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (Funesbom), recolhido a partir da taxa de incêndio, terá 30% usado exclusivamente para o pagamento de gratificações. A conquista salarial foi pequena, mas o saldo político e organizativo foi muito bom. Além disso, Sérgio Cabral foi obrigado a abandonar a arrogância, depois de ter chamado os bombeiros manifestantes de “vândalos”.
A simpatia à luta dos bombeiros contribuiu para fortalecer a mobilização de outras categorias de trabalhadores que já vinham lutando contra o arrocho salarial e contra o sucateamento dos serviços públicos implementado pelo governo Sérgio Cabral. Profissionais da saúde, da justiça, da segurança e da educação continuam mobilizados. Ao lado dessas lutas, Cabral sofreu um outro revés a partir do acidente com um helicóptero no litoral sul da Bahia, que, além de trágico, revelou as ligações perigosas do governador com empresários fartamente beneficiados com verbas públicas estaduais
Nas mobilizações de categorias, destaque para os profissionais da educação que mantém a greve da rede estadual – onde a 3ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado concedeu liminar em favor do SEPE proibindo o corte de ponto! - e inúmeros municípios fizeram assembleias, passeatas, paralisações e greves em busca de melhores condições de trabalho.
Em Mesquita, após assembleias e paralisação, os profissionais da educação conseguiram um aumento diferenciado, na forma de abono, de 6% para o setor – além do reajuste dado ao funcionalismo, já que existe uma verba específica para o setor, o FUNDEB (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica). Além disso, será criado código específico de paralisação/greve, diferenciado da falta, para que o direito de greve não prejudique o profissional futuramente.
Em Nova Iguaçu, após uma greve de  vinte dias que forçou a prefeitura a negociar, os educadores conquistaram reajuste do valor da dobra, regência e nível universitário na folha de julho para os aposentados antes de 1998 e enquadramento no estágio probatório. A categoria continuará mobilizada para, na volta das férias, retomar a luta pela reposição de perdas salarias e outras reivindicações.
Nos dois últimos meses, vários profissionais de redes municipais mobilizaram-se para reivindicar melhorias na educação em seus municípios, como Queimados, Duque de Caxias, São João de Meriti, São Gonçalo, Maricá e Volta Redonda, entre outros.

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